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Mostrando postagens de outubro, 2020

A universidade e a construção do futuro no presente.

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  A implementação dos Colégios Universitários (CUNIs) da Universidade Federal do Sul da Bahia viabilizou a realização do sonho de ingresso no Ensino Superior para estudantes cujas condições existenciais impedem o deslocamento para universidades distantes das suas comunidades. Esse e outros fortes argumentos foram apresentados por Danilo Urapinã Pataxó, estudante indígena do Curso de Direito oriundo da primeira turma do CUNI-Cabrália no ano de 2014. Danilo participou de um projeto didático organizado com a turma de estudantes que ingressam no ano de 2020 na nossa universidade. Ele, o nosso convidado, compartilhou suas memórias como egresso da primeira turma do CUNI. Nós, participantes do acontecimento, compartilhamos escutas e questões próprias da primeira turma de ingressantes no ano da pandemia da COVID-19. Nos encontramos em uma plataforma online à maneira de quem inventa uma encruzilhada existencial para compreender de maneira mais alargada como fazer o futuro no presente e, assim

Educar, Habitar, Viver

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  Enfrentar difíceis condições materiais de vida constitui a outra forma de habitar o mundo, vinculada ao ato de educar, de professoras e professores do nosso país. Da escala pessoal às grandes escalas sociais, profissionais da educação vivem mal com o pouco que ganham e ainda tem que levar trabalho para casa, ou morar no trabalho enquanto sonham com uma casa própria. Os casos podem variar, mas a precariedade das condições de vida persistem como um traço forte na biografia social de professoras e professores brasileiros. No final do ano passado conheci a professora Vê. Negra, mãe de dois filhos adultos, avó de uma garota de 09 anos, 56 anos de idade e 30 de profissão. Trabalhava há 15 anos em uma escola da zona rural do município de Porto Seguro (Ba). Era professora de uma escola do Ensino Fundamental, lecionava para crianças do primeiro ao quinto ano. Morava na escola e visitava a filha e a neta uma vez por mês, para abastecer a casa com a cesta básica. Além do salário, Vê ganhava a

O dia da professora e do professor no ano do FUNDEB

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  Além da pandemia que já ceifou a vida de mais de 150 mil brasileiras e brasileiros (muitos deles e delas professores e professoras) até o momento, o ano de 2020 entra para a história da Educação no Brasil como o ano de inscrição permanente do FUNDEB no corpus da nossa Constituição. Estamos no 15 de outubro convocados e convocadas a reafirmar nossos compromissos cívicos e educacionais com uma das mais importantes conquistas da retomada da democracia no Brasil. O FUNDEB (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) foi instituído pela Constituição Federal de 1988. Entrou oficialmente em vigência no intervalo de 1998 a 2007 designado como FUNDEF (Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). No ano de 2006, por meio da Emenda Constitucional 53 passou à sua atual denominação, foi regulamentado com prazo de vigência entre 2007 e 2020 pela lei 11.494/2007 e pelo Decreto 6253/2007. A 25 de a